pessoas que a nossa sociedade prefere deixar de lado em vez de estender a mão e
ajudar; seja por pecados cometidos, seja por certas deficiências, seja por
condições financeiras. Essa “cultura” infelizmente tem chegado no meio do povo
de Deus, onde cristãos desprezam o próximo pelos motivos citados acima. E eu
percebi essa situação ao trabalhar como cuidadora de crianças especiais. Por
isso, hoje venho escrever para a igreja de Cristo sobre a nossa
responsabilidade de receber e falar do amor de Deus para os que são excluídos.
As
Escrituras Sagradas dizem:
“A religião que Deus, o nosso Pai aceita como pura e
imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se
deixar corromper pelo mundo.” (Tiago 1.27)
Mas
por que a Bíblia diz que devemos cuidar dos órfãos e das viúvas? Quando povo
israelita morava em tendas, a maioria das pessoas vivia das plantações. Então,
devido a morte do marido, ou pai, ou de ambos os genitores; os membros
sobreviventes da família podiam ficar desamparados e sozinhos, não tendo o
suficiente para se sustentar. Por isso, a lei de Deus trazia provisão para quem
estava nessa circunstância. Por exemplo, quando os israelitas colhiam cereais
ou frutas, não deviam recolher as sobras no campo, pois a respiga deveria ficar
para os estrangeiros, órfãos e viúvas (Dt 24.19-21). Além disso, há outras
passagens bíblicas que falam sobre este assunto: Ex 22.22; Dt 10.18; Dt 14.29;
Sl 68.5; Sl 146.9; Ez 22.7; etc.

 Logo,
o que Tiago está dizendo é que o verdadeiro cristianismo é amparar as
necessidades do nosso próximo
, preocupando-se para com eles. No entanto, quem
são os “órfãos e as viúvas” nos dias de hoje?

Prostitutas.
E se uma/um prostituta/o entrasse na sua igreja para ouvir a
Palavra de Deus, como seria a sua reação e das demais pessoas? Será que haveria
olhares tortos e falatório? Infelizmente nos esquecemos que pessoas que estão
na prostituição precisam ouvir do amor de Deus também. Não importa os motivos
que os levaram a seguir por esta vida, pois o nosso objetivo maior é
resgatá-los tirando-lhes da prostituição, acolhendo e falando do que Cristo fez
na cruz. Lembre-se da prostituta Raabe que expressou fé em Deus e foi contada
como justa (Tg 2.25) acolhendo os homens enviados por Josué para espionar
Jericó (Js 2).

Viciados.
Seja qual for o tipo de entorpecente que os usuários (drogas, bebidas
alcoólicas) utilizam, eles também precisam do nosso apoio e ajuda. Fale de
Jesus e os encaminhe para uma clínica de reabilitação, de preferência clínicas
evangélicas. Um amigo meu, chamado Eldimar, tem um canal no Youtube para ajudar
os dependentes químicos: O Canal Recuperar. Leia também: Como evangelizar os viciados.

Criminosos.
Ladrões, assassinos, estupradores, etc… Todos estes precisam se
arrepender de seus antigos atos e reconhecer Cristo como Senhor e Salvador de
suas vidas. Por isso, precisamos visitar mais as prisões; ampará-los quando
saírem de lá, principalmente porque a sociedade não costuma dar emprego para
ex-presidiário; etc. Lembre-se do ladrão da cruz que reconheceu a inocência de
Jesus e sua posição no plano de Deus (Lc 23.39-43).
“O que furtava não furte mais; antes trabalhe,
fazendo algo de útil com as mãos, para que tenha o que repartir com quem
estiver em necessidade.” (Efésios 4.28)

Homossexuais.
Sim, homossexuais, lésbicas, transexuais e drag queens são as
pessoas que são mais excluídas; principalmente pela abordagem errada que nós
cristãos fazemos para com eles. É claro que a homossexualidade é condenada pela Palavra do Senhor e precisamos sim pregar a verdade, porém a verdade tem que
ser falada com amor, expressando o que Cristo fez na cruz e ajudando-lhes a
abandonar esta vida de pecado. Lembre-se que na igreja de Corinto havia pessoas
que eram homossexuais e deixaram de ser porque foram lavados, santificados e
justificados por Jesus (1 Co 6.9-11). Leia também: Como evangelizar homossexuais.

Moradores de rua.
Há vários motivos que levam as pessoas se tornarem moradores
de rua; o que precisamos fazer é levar o amor de Deus e ir mais além levando agasalho,
alimentos, etc. Lembre-se que Jesus disse que tudo o quanto fizerem para os
irmãos, dando comida e vestimenta, estão fazendo para Ele (Mt 25.35-40).
“Ora, [o verdadeiro jejum] não é partilhar teu
alimento com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu e sem teto que
encontraste e não recusar tua ajuda ao próximo?” (Isaías 58.7 – grifo meu)

Pessoas de baixa renda financeira.
Às vezes as pessoas ficam desempregadas e
não têm como sustentar suas famílias, e por esta razão precisamos estar atentos
para os que estão assim dentro de nossas igrejas; principalmente aqueles que
têm vergonha de dizer que estão precisando de algo. É nossa missão como
cristãos realizarmos doações de alimentos e roupas, e ter um departamento
especial para distribuir essas doações para quem está precisando. Lembre-se que
a Bíblia diz que não podemos tratar com diferença as pessoas que são pobres (Tg
2.1-18).
“A única coisa sugerida por eles foi que deveríamos
sempre nos lembrar de ajudar os pobres, e eu também estava ansioso para fazer
isso.” (Gálatas 2.10)

Deficientes visuais.
O que estamos fazendo pelos cegos? Se algum cego chegar na
sua igreja, a sua liderança está disposta em ajudar e comprar uma bíblia em
braile? Será que estamos dispostos a comprar uma máquina braile e aprendermos
como usar para digitar as lições da revista da escola bíblica dominical? “Maldito
quem fizer o cego errar o caminho. Todo o povo dirá: Amém!” (Dt 27.18)
.

Deficientes auditivos.
E os surdos? Se um surdo chegar na sua igreja durante um
culto, como ele poderá ser ministrado já que não consegue ouvir? Por isso, é
muito importante desenvolver um ministério com surdos, tendo alguém que saiba
falar em libras e também ensinar libras para outros cristãos. “Não amaldiçoem o
surdo nem ponham pedra de tropeço à frente do cego, mas tema o seu Deus. Eu sou
o Senhor.” (Lv 19.14)
.

Deficientes físicos.
A disposição dos bancos na igreja tem espaço suficiente
para a locomoção de cadeira de rodas? A igreja tem rampa e banheiros adaptados para
os deficientes físicos? Como queremos evangelizá-los se não temos um lugar
acolhedor? Precisamos pensar em tudo isso.

Outras deficiências.
Há várias outras deficiências, por exemplo, o autismo, a
síndrome de down, etc. O que estamos fazendo para acolhê-los e ensiná-los de
Jesus Cristo? Principalmente, como podemos desenvolver um discipulado para com
eles com suas limitações?
Devemos
parar de inventar desculpas para fugir da responsabilidade que Deus deu para
cada um de nós. Estejamos atentas para perceber as oportunidades que temos para
ajudar aos necessitados e acolher os que são excluídos. Não se esqueça que esse
mandamento exige sacrifício e trabalho!
“Compartilhem o que vocês têm com os santos em suas
necessidades. Pratiquem a hospitalidade.” (Romanos 12.13)
“Pai para os órfãos e defensor das viúvas é Deus em
sua santa habitação.” (Salmos 68.5)




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