Onde está você, que diz que me adora, mas não estende a mão? – O amor que nos faz um – Palavrantiga



Eu estava na rodoviária, sentada no banquinho como sempre faço. Já tinha comprado minha passagem, comido meu lanchinho e lido a Bíblia. Enquanto esperava o meu ônibus chegar, uma moça com um bebê no colo chegou e me pediu ajuda. Sabe o que eu fiz? Peguei míseros 75 centavos da minha carteira e entreguei para ela, como se estivesse fazendo grande coisa.

Não foi a primeira vez que uma pessoa precisando de ajuda passou por mim e eu simplesmente não consegui dar atenção. É como se tudo que eu aprendesse com a leitura da Bíblia ficasse na teoria e não evoluísse para a prática.

Eu sei muito bem o que deve ser feito. Sei que devo amar as pessoas como a mim mesma, como Jesus amou, mas eu não consigo sair da minha zona de conforto. O que me torna tão hipócrita quanto um fariseu.

Enquanto eu reclamo das contas que eu tenho que pagar, a moça queria mesmo é tomar um café e alimentar sua criança.

Sinceramente, eu não sei o que é ter que pedir dinheiro a desconhecidos para se alimentar. Geralmente, a gente faz cara feia para essas pessoas, entrega umas moedinhas e acha que fez a grande ação do ano.

Fazendo uma analogia, dá para imaginar que nós somos como a mulher pedindo ajuda e Jesus é a pessoa que pode ajudar. A diferença é que Ele não nos deu somente um alívio momentâneo. Ele curou a nossa dor e salvou a nossa vida. Sofreu para que fossemos filhos de Deus.

E qual a maior lição que Ele nos deixou? O amor. O amor que nos une ao próximo. O amor que quebra as barreiras do preconceito, do egoísmo, do conforto. Espero que da próxima vez que passar por mim alguém precisando de ajuda, eu não ofereça apenas uma migalha do meu dinheiro, mas que eu consiga abrir meus olhos e dar um pouco de atenção a essa pessoa.
Como eu não fui capaz de conversar com aquela mulher, nunca vou saber se ela precisava só do dinheiro mesmo ou de outro tipo de coisa. Perdi a chance de sair do meu mundinho e conhecer a realidade do outro, certamente bem diferente da minha. Eu poderia sim ter falado do amor de Jesus para ela. Ou ela poderia ter me ensinado alguma lição, que eu deixei de aprender por preferir continuar no meu conforto habitual.
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